ALBERT BIERSTADT

terça-feira, 14 de junho de 2011

NEY MATOGROSSO - O CORSÁRIO

Geraldo Vandré

Geraldo Vandré

Geraldo Vandré

Foto: Mário Luiz Thompson

Geraldo Pedrosa de Araújo Dias nasceu em Pessoa PB em 12 de Setembro de 1935. Apresentou-se num programa de calouros na Rádio Tabajara de João Pessoa quando tinha 14 anos. Em Nazaré da Mata, onde cursava o ginásio em internato, participou de alguns showsorganizados para as missões. Foi para o Rio de Janeiro RJ em 1951, e nesse mesmo ano se apresentou no programa de calouros de César de Alencar, no qual foi desclassificado. Aproximou-se então de Ed Lincoln, que nessa época tocava com Luís Eça, na boate do Hotel Plaza, tentando cantar nos intervalos das apresentações. Em 1955, com o pseudônimo de Carlos Dias, defendeu a canção Menina (Carlos Lyra) num concurso musical promovido pela TV-Rio. Mais tarde, o encontro com o folclorista Valdemar Henrique abriu-lhe a oportunidade de se apresentar no programa da Rádio Roquete Pinto, usando o nome Vandré, que resultou da abreviatura do nome do pai, José Vandregisilo. Cursou a Faculdade de Direito, do Rio de Janeiro, época em que participou do Centro Popular de Cultura, da extinta União Nacional dos Estudantes, onde conheceu seu primeiro parceiro, Carlos Lyra. Passou então a interessar-se mais pela composição, abandonando a idéia de tornar-se cantor. Fez a letra da música de Carlos Lyra Quem quiser encontrar o amor, gravada por ele em abril de 1961 em 78 rpm, na RGE, e em 1962 por Carlos Lyra no LP O sambalanço de Carlos Lyra, pela Philips. Esta música seria incluída no episódio "Couro de gato" do filme Cinco vezes favela, trabalho produzido pelo Centro Popular de Cultura. Em 1962 apresentou-se no Juão Sebastião Bar, em São Paulo SP, iniciando trabalhos com Luís Roberto, Baden Powell e Vera Brasil. Nesse mesmo ano gravou com Ana Lúcia o Samba em prelúdio (Baden Powell e Vinícius de Moraes), pela Áudio Fidelity, com grande sucesso, e compôs com Carlos Lyra o samba Aruanda. Em dezembro de 1964, gravou na Áudio Fidelity seu primeiro LP, apresentando a toada Fica mal com Deus, além deMenino das laranjas (Téo de Barros). Em 1965 defendeu Sonho de um Carnaval (Chico Buarque) no I FMPB, da TV Excelsior de São Paulo. No mesmo festival, inscrevera sua composição Hora de lutar, que não se classificou. Essa música foi gravada, no mesmo ano, num LP homônimo. Nesse período, musicou o filme de Roberto Santos A hora e a vez de Augusto Matraga. No ano seguinte lançou pela Som Maior o LP Cinco anos de canção, que incluía Pequeno concerto que virou canção, Canção nordestina e Rosa flor (com Baden Powell). Venceu em São Paulo o FNMP, da TV Excelsior, com a música Porta-estandarte (com Fernando Lona), defendida por Tuca e Airto Moreira, assinando depois contrato com a Rhodia para excursionar pelo Nordeste com o Trio Novo, formado por Téo (violão), Airto Moreira (viola caipira) e Heraldo (percussão). Nesse mesmo ano de 1966 venceu ainda o II FMPB, da TV Record, de São Paulo, com Disparada (com Téo de Barros), na interpretação de Jair Rodrigues, do Trio Novo e do Trio Maraia, empatando com A banda (Chico Buarque). Obteve ainda o segundo lugar no I FIC, da TV-Rio, do Rio de Janeiro, com O cavaleiro, parceria com Tuca, que também foi interprete. Em 1967 a TV Record, de São Paulo, concedeu-lhe um programa próprio, Disparada, com direção de Roberto Santos.

Inscreveu Ventania (com Hilton Accioly) no III FMPB, que foi desclassificada, e De serra, de terra e de mar (com Téo de Barros e Hermeto Pascoal), no II FIC, da TV Globo, do Rio de Janeiro, que também não obteve classificação. Nesse ano conseguiu sucesso com Arueira e com o frevo João e Maria (com Hilton Accioly). No mesmo período compôs, a convite dos padres dominicanos de São Paulo, a Paixão segundo Cristino, alegoria da crucificação de Cristo num contexto nordestino; participou do programa Canto Geral, depois Canto Permitido, da TV Bandeirantes, de São Paulo. Em 1968 gravou o LP Canto geral pela Odeon, com Maria Rita, O plantador (com Hilton Accioly) e músicas suas desclassificadas em festivais. Participou ainda do IV FMPB, com Bonita (com Hilton Accioly). A música foi apresentada duas vezes, pois se desentendera com o parceiro, rompendo com o Trio Maraia. Nas eliminatórias para o III FIC, em São Paulo, causou impacto com a apresentação de Pra não dizer que não falei de flores,ou Caminhando; defendeu-a no festival com o Quarteto Livre, integrado por Naná (tumbadora), Franklin (flauta), Nelson Ângelo (violão) e Geraldo Azevedo (violão e viola), tendo-se classificado em segundo lugar. A música teve grande êxito, tornando-se uma espécie de hino estudantil, mas teve seu curso interrompido pela censura. Esteve no exílio, inicialmente no Chile (1968), onde compôs a música Desacordonar, com que venceu um concurso, enquanto Caminhando se tornava sucesso.

Obrigado a deixar o pais, pois se apresentara em televisão como profissional sem a devida licença, seguiu para a Argélia, onde assistiu ao Festival Pan-Africano, viajando depois para a então Republica Federal da Alemanha, ocasião em que gravou alguns programas para a televisão da Baviera. Esteve na Grécia, Áustria, Bulgária, cantando em povoados do interior. Na Itália, Sérgio Endrigo regravou músicas suas. Em Paris, França, remontou com um grupo de artistas brasileiros a Paixão segundo Cristino, na igreja de Saint-Germain des Pres, na Páscoa de 1970. Trabalhou com um novo tipo de composição, montada apenas com assobios e sons de violão, com forte ritmo nordestino. Gravou o LP Das terras de Benvirá, lançado no Brasil pela Philips em 1973, com Na terra como no céu, Canção primeira e De América. Ainda em 1973 gravou apresentações para o programa de Flávio Cavalcanti e para o Fantástico, da TV Globo, mas foram censuradas. Em 1982, em Presidente Stroessner, Paraguai, apresentou-se em um show, rompendo silêncio de 14 anos. Em março de 1995 apresentou-se no Memorial da América Latina, em São Paulo, no concerto realizado pelo IV Comando Regional (CONAR), em comemoração a Semana da Asa. Na ocasião, um coral de cadetes lançou sua música Fabiana,uma homenagem a FAB.

Em 1997 o Quinteto Violado lançou o CD Quinteto Violado canta Vandré (selo Atração), incluindo antigos sucessos e apenas uma música inédita: Republica brasileira. Ainda em 1997, Elba Ramalho, Geraldo Azevedo e Zé Ramalho regravaram Disparada e Canção da despedida no CD Grande encontro 2.

Biografia: Enciclopédia da Música Brasileira
Art Editora e PubliFolha

Escute uma amostra do trabalho:
Arueira
(Geraldo Vandré)
Com Geraldo Vandré

Atenção: para ouvir a amostra você precisa do RealPlayer (gratuito) instalado em seu computador. Pegue-o na seção de informática do Terra, clicando aqui.


CDs Recomendados pelo MPBNet:
Quinteto Canta Vandré

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quinta-feira, 2 de junho de 2011

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terça-feira, 12 de abril de 2011

NOITE ESCURA

O Valor do Sofrimento

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"Onde não há amor, coloque amor e receberá Amor"
O livro "Obras Completas", Ed. Vozes, escrito pelo místico São João da Cruz, aborda, na página 535, o valor do sofrimento na vida dos fiéis, permitido por Deus, objetivando sua purificação.
Não estamos acostumados a sofrer e, quando isso acontece, não temos respostas adequadas que nos ajudem a administrar essa fase tão desconfortante.
A Teologia Mística, ou "ascética" (os dois nomes têm o mesmo significado) ensinam que Deus, por nos amar e para deixar claro esse amor, aproveita-se de todas as situações pelas quais passamos para nos aproximar de Suas graças.
Embora haja uma porção deles, um momento muito privilegiado é quando estamos sofrendo. Quantas vezes o sofrimento é permitido e administrado por Deus, objetivando colocar-nos mais perto de Seu amor, permitindo que, de maneira pedagógica, tomemos consciência do que pode o seu amor por nós.
Ninguém pense, por isso mesmo, que alguém sofre à toa. O sofrimento seja ele qual for é a oportunidade para crescermos emocional e espiritualmente e, em última análise, para nos aproximarmos mais de Deus, fonte de graças e de salvação.
Mas, para que tais experiências possam dar certo é necessário que deixemos de lado nossa sapiência, nosso orgulho, nossas paixões desenfreadas e, com humildade, aceitemos o sofrimento como algo permitido por Deus porque, do contrário, nosso homem velho pode atrapalhar os propósitos de Deus.
Esses e outros aspectos são tratados de maneira esclarecedora por São João da Cruz nas páginas do livro acima mencionado.
Aproveita, e muito! Na obscuridade da "noite escura" (São João chama o período de sofrimento de noite escura) só vamos encontrar lucro.
É por isso que nesses momentos não podemos desanimar, mas, pelo contrário, rezar e agradecer por estarmos passando por esta fase, difícil sim, mas necessária!
É uma parte de nossa vida muito difícil, ninguém nega, mas muito importante. E se Deus não estivesse "gerenciando" essa etapa de nosso crescimento, não agüentaríamos de fato.
Nessa fase nossas potencias, isto é, nossa parte sensível, nossa parte espiritual e a nossa parte inferior participam intensamente, na visão de João da Cruz: "Na escuridão dessa noite, mudamos de traje, disfarçando-nos com a veste das 3 cores - e pela escola da fé viva - saímos encobertos, para melhor realizarmos essa façanha. Essa purificação é necessária para que a alma perca o modo baixo e humano - natural com que se recebe as coisas do alto, porque a nossa alma não está ainda bem".

HÁ QUE MORRER O HOMEM VELHO!

Por isso mesmo Deus não pode dar coisa melhor antes de nos purificar, porque não estamos preparados para receber. Receberíamos sempre da maneira do homem velho, de forma egoísta, e de modo baixo.
Cabe aqui, então, uma pergunta: Se as coisas divinas fazem bem à nossa alma e nos ajudam relativamente à salvação, porque Deus permite que a alma passe antes pelas privações?
Justamente pelo que acabamos de dizer: porque não estamos ainda preparados para coisas melhores. Para que a graça de Deus possa atuar em nós é preciso que estejamos preparados, que permitamos. Falta-nos, não raro, amor, muita luz, muita compreensão.
Ele quer dar, mas nós é que às vezes não estamos preparados. Daí a necessidade Dele nos ajudar, permitindo e provocando as situações que vão nos ajudar amadurecer na fé.
Por isso temos que passar pelas privações, para perdermos aquilo que nos atrapalha, e conseguirmos a purificação pelo sofrimento que, em síntese, é aquilo que cura, que dilata, que ajuda na santificação. Esse é um caminho seguro.
Nessa fase da "noite escura" Deus prepara nossa alma, permitindo que ela fique privada de gostos e de ações, esses "gostos" e essas "ações" que só vão atrapalhar a comunicação que Deus fizer com nossa alma.
É por isso que no sofrimento Deus propicia à nossa alma "ficar quietinha", para não atrapalhar Seu trabalho em nós.
É por isso que algumas vezes nos sentimos pessoas frias, apáticas, sem gosto pelas coisas de Deus, ou pela oração... Quanto Deus investe em nós, para nos dar Dele mesmo, muitas vezes nos portamos como pessoas ingratas, porque desconhecemos esses mecanismos de amor.
Vem à minha mente que toda alma que deseja, de fato, estar unida a Deus, deve se esforçar para estar disponível na vontade, na memória e com a inteligência, moderando os apetites, fazendo jejum, tentando ajudar...
De outras vezes, quem sabe, nem isso devem fazer, mas simplesmente esperar e esperar, confiando que Deus está agindo de maneira muito sutil, quase que imperceptível.
Todo dom espiritual é Deus quem dá, de maneira que quer, do jeito que deseja, no tempo que julga necessário e, principalmente, porque que Ele quer dar. Não podemos nos esquecer, todavia, que devemos fazer a nossa parte, abrindo-nos à ação do Espírito Santo e nos colocando com humildade sob a proteção do Senhor Deus. Devemos nos abandonar nas mãos do Senhor, para que o Seu Espírito Santo nos conduza da maneira que julgar mais conveniente, conscientes de estarmos fazendo nossa parte.